terça-feira, 14 de dezembro de 2010

História de vida

Olá a todos. Quem escrever este post sou eu, o Wolf.
Estou na familia da Rih há cerca de 8 anos. Nos 2 anos anteriores a minha vida foi desesperante.
Eu pertencia a uma familia que se separou, e abandonaram-me. Mesmo à porta de casa. Foram-se embora, cada um para seu lado, e ninguém me quis. Nesse tempo que estive na rua, fiquei ao pé de um talho, porque o senhor me dava carninha para eu comer. Não foi fácil sobreviver, e até me atropelaram. Uma senhora acolheu-me, levou-me ao médico e cuidou de mim. Precisei de ser operado a uma patinha e tudo. Como a senhora também não tinha dinheiro para pagar a operação, fez um peditório no local de trabalho e muita gente contribuiu. Muito obrigado a todos. Fiquei com essa senhora até ficar bom. Depois não sei bem o que me aconteceu. Acho que voltei para a minha familia anterior. Mas fui novamente abandonado.
Um dia, estava eu lá ao pé do talho, e um senhor bateu-me com o carro sem querer, não me viu. Ele não me aleijou muito, mas eu como sou muito esperto, aproveitei-me de ser meio coxo e fiz pensá-lo que foi ele. Podia ser que ele assim tivesse pena de mim e me levasse para casa. Assim foi, o senhor ficou muito preocupado comigo, e eu saltei logo para dentro do carro. Depois de lá estar não ia ter coragem de me tirar. Levou-me para casa com ele.
Assim que cheguei estavam as minha donas na cozinha. Fui logo ter com elas. Elas ficaram muito surpreendidas por ver um cão em casa. Não é uma coisa que aconteça todos os Sábados à tarde. Mas deram-me logo muitas festinhas. Eu tinha fome, e como elas não tinham nada para me dar de comer, deram-me pão de forma, sem nada e eu comi. Estava esfomeado. A minha dona mais nova, agora chamo-lhe de mana, foi logo ver se encontrava uma mercearia aberta para comprar comida apropriada para mim. A minha dona mais velha, a minha mamã que cuida tão bem de mim, encarregou-se de me ir comprar uma trela e uma coleira.
No Domingo fomos até Quarteira correr na praia e eu fugi. Toda a minha familia me queria chamar, mas eu ainda não tinha um nome. E foi lá que chegaram a um acordo. Wolf. Seria este agora o meu novo nome.
No dia seguinte as minhas donas muito preocupadas com a minha patinha levaram-me ao senhor doutor. Ele deu-me uma anestesia e tentou pôr a minha patinha no sitio. Mas não conseguiu. Não conseguiu porque não tinha sido aquele senhor a fazer-me mal. Foi aí que a minha familia se apercebeu que eu era malandro.
Eu estava sempre no tapete da sala, e tremia muito. Estava sempre sempre sempre a tremer. Acho que tinha medo. Depois que vi que esta familia gostava muito de mim e que eu já fazia parte dela, passou-me. O que eles ainda não sabiam é que eu sou um "macho alfa", sou o cão mais forte entre os meus irmãos de nascença. E para além disso fui muito mal tratado no passado. Então tem de ser tudo à minha maneira! Senão eu rosno e mordo. Ah pois. Já dei umas quantas trincas... Mas mesmo assim eles gostam muito de mim e eu deles. Eu também sou meiguinho e adoro mimos. Só não me podem contrariar, pronto.
Agora sou muito feliz. Tenho um lar e uma familia que me adora e que nunca me abandonará. Recebo montes de mimos e estamos sempre na brincadeira.
Eu queria pedir aos senhores que também fazem mal sem querer aos animais, que os levem para  casa e que tratem deles. Se não puderem que pelo menos os entreguem a alguém que o faça. Todos merecemos uma familia. E áquelas familias que se separam, nós animais, não temos culpa... Não se separem de nós também.
E é esta a minha história de vida. Obrigado a todos que a leram.
Muitas lambidelas para vocês ;)

 

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