sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Testes efectuados em animais

Como todos nós sabemos, infelizmente, ainda há muitas marcas nacionais e internacionais a testarem os seus produtos em animais. Principalmente marcas de produtos cosméticos.
É claro que todos os produtos antes de saírem para o mercado têm de ser testados, mas as cobaias terão mesmo de ser animais? Será uma crueldade ou um mal menor?
Alguns dos testes mais comuns efectuados em animais são:

-  Irritação de olhos, que é utilizado para medir a acção nociva dos ingredientes químicos, que os produtos de limpeza, cosméticos, etc contêm. Estes produtos são directamente aplicados nos olhos (olhos plural porque fazem nos dois para poupar dinheiro ) dos animais, normalmente coelhos, conscientes. Durante o tempo do teste, que varia entre 72 horas a 18 dias, é comum estes animais sejam obrigados através de clips de metal a terem os olhos abertos, sofrendo de dores extremas por não estarem anestesiados. As reacções observadas neste teste vão de processos inflamatórios das pálpebras e íris, a úlceras, passando por hemorragias ou mesmo cegueira. No fim, os animais são mortos para verificação de efeitos internos das substâncias experimentadas.
( Diga-se de passagem que os olhos dos coelhos não são semelhantes aos dos humanos )

-  Irritação dermatológica, produtos são postos em feridas abertas propositadamente para o efeito. Normalmente feitas com fita adesiva fortemente pressionada na pele do animal e arrancada violentamente, repetidamente até surgirem camadas de carne viva. Neste teste podem-se observar sinais de úlceras, edemas, etc.
( ??? )

- Toxidade alcoólica e tabagista, os animais são forçados e inalar o fumo do tabaco e a beberem álcool, para depois serem dissecados com a finalidade de estudar os efeitos das substâncias no organismo.
( Mas não já está mais do que sabido? )

- Teste LD 50 ( Abreviatura do termo inglês Lethal Dose 50 Perercent (dose letal 50%)), serve para medir a toxicidade de certos ingredientes. Os testes duram alguns dias e são utilizados cerca de 200 animais ( ratos, coelhos, gatos, cães, cabras e macacos ). Estes são forçados a ingerir determinadas quantidades de substâncias, através de sondas gástricas ( e não só ), o que muitas vezes se traduz em morte por perfuração. Os efeitos verificados incluem dores, convulsões, diarreia, hemorragias, lesões pulmonares renais e hepáticas, coma e, entre muitos outros, morte. O produto é administrado até que 50% do grupo experimental morra. Como em muitos outros testes, quando acabam, os animais que sobrevivem são sacrificados. Mesmo quando este teste é usado para testar matérias seguras, usam quantidades absurdas. Quantidades essas que nunca seriam ingeridas por pessoas acidentalmente.

- Experiências de comportamento e aprendizagem, onde o objectivo é estudarem o comportamento de animais submetidos a privações ( materna, social, alimentar, de água, de sono, etc. ). Muitos desses estudos são feitos implantando eléctrodos em diversos sítios do cérebro do animal, podendo assim estudar as diferentes regiões do mesmo. Temos como exemplo, animais em estado vegetativo que são deixados durante dias em equilíbrio sobre plataformas cercadas de água, para evitar que durmam, crias recém-nascidas são tiradas às suas mães, animais com eléctrodos implantados no cérebro são ensinados a conseguir comida através de um botão, caso apertem o botão errado recebem um choque eléctrico,…

- Pesquisa dentária, os animais são obrigados a comerem açucares durante três semanas ou introduzem bactérias nas suas bocas para estimular a decomposição dos dentes.




Claro que há muitos outros, mas acho que já deu para perceber a idéia.

O que é certo é que muitas descobertas cientificas foram feitas sem serem experimentadas em animais. Por exemplo, a descoberta da relação entre o colesterol e doenças cardíacas, o Raio-X, o desenvolvimento do tratamento hormonal para o cancro da próstata, isolamento e descoberta de mecanismos de transmissão do HIV, entre outros.


No site da PEA ( Projecto Esperança Animal ), www.pea.org.br, existe uma lista de 50 consequências de experiências em animais. Ficam aqui algumas:

- Pesquisas em animais não revelaram que algumas bactérias causam úlceras, o que atrasou o tratamento da doença com antibióticos.

- Pensava-se que fumar não provocava cancro, porque o cancro relacionado com fumo é difícil de ser reproduzido em animais de laboratório.
 - Muitos pesquisadores que trabalham com animais ficam doentes ou morrem devido à exposição a microrganismos e agentes infecciosos inofensivos para animais, mas que podem ser fatais para humanos, como por exemplo o vírus da Hepatite B.

- No início de seu desenvolvimento, o flúor ficou retido como preventivo de cáries, porque causou cancro em ratos.


Felizmente há quem tente proteger estes animais, e cartazes como os seguintes vão sendo espalhados.

                                       
                                     

2 comentários:

  1. Ola rih,
    que horror! Devia-se fazer o mesmo a essas pessoas.
    Adoro animais e acho inadmissivel aproveitarem-se de um ser indefeso.
    Obrigado por divulgares, pode ser que um dia se consiga parar essas atrocidades.

    E a primeira coisa a fazer é NÃO comprar marcas que testem em animais.

    Beijo.

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  2. É de facto uma enorme atrocidade. Nós,como pessoas, como seres humanos, temos de fazer o máximo para proteger os animais, porque eles não se conseguem defender sozinhos destas coisas.

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